Agapornis é um género de avespsitaciformes, onde se classificam os inseparáveis, pássaros-do-amor ou periquito-namorado. São aves barulhentas e activas em liberdade e cativeiro, e dadas a demonstrações de afecto para com membros da sua espécie e donos humanos. Vivem em regiões secas relativamente arborizadas. É uma ave colorida e pequena, que atinge por volta de 15cm (variando pouco de espécie para espécie). Vivem em pequenos bandos. Alimentam-se essencialmente de fruta, vegetais, ervas e sementes.Oito nas nove espécies de Agapornis podem ser encontradas na África continental. Uma é originária de Madagascar (Agapornis canus. A. roseicollis pode ser encotrada em Angola e na Namíbia. A espécie A. personata encontra-se na Tanzânia. Cada espécie tem uma distribuição geográfica distinta.As espécies de Agapornis são: Inseparável-de-cabeça-cinzenta, Agapornis canus Inseparável-de-cara-vermelha, Agapornis pullarius Inseparável-de-asa-preta, Agapornis taranta Agapornis swinderniana Inseparável-de-faces-rosadas, Agapornis roseicollis Agapornis fischeri Inseparável-mascarado, Agapornis personatus Inseparável-de-niassa, Agapornis lilianae Inseparável-de-faces-pretas, Agapornis nigrigeni. Dimorfismo sexual-Só algumas das espécies possuem dimorfismo sexual: Agapornis taranta,Agapornis pullarius, Agapornis canus e Agapornis swinderniana. Os Agapornis, se vistos na natureza, sempre voam aos pares.Um casal manifesta a sua ligação efectuando alopreening mutuamente, foi este comportamento que deu origem a serem chamados inseparáveis, quando se aproxima a época de reprodução o macho começa a alimentar a fêmea com maior frequência e ocasionalmente este tipo de comportamento é recíproco. Em cativeiro dois machos ou duas fêmeas podem se comportar como sendo um verdadeiro casal se não tiverem aceso a parceiros do sexo oposto. Essa necessidade de viver aos pares leva a que sejam conhecidos por Inseparáveis ou Aves do Amor (Love Birds). Podem tornar-se muito sociáveis como os seus donos, mas precisam de muita atenção e carinho.
Reprodução
Quando estão preparados para criar, à que fornecer uma dieta variada, será necessário uma fonte cálcio fresca e limpa, uma boa fonte de proteínas e ao mesmo tempo em dias alternados a quantidade suficiente de vitaminas A, D e E na sua dieta. A maioria dos agapornis não se afastam demasiadamente dos seus ninhos. Podem nidificar sobre o solo de uma simples caixa de madeira, no entanto, deverá oferecer material para que possam construir o seu próprio ninho dentro da caixa: ramas de Pinheiro, folhas de Palmeira, tufa e mesmo aparas de pinheiro verde.Normalmente o macho não se dedica a arranjar material para construir o ninho, a fêmea tem o papel principal na sua elaboração. A fêmea do Roseicollis transporta o material para o ninho entre as penas das suas asas. a fêmea dos Fischeri transporta o material no bico e constroem um ninho muito mais elaborado, uma notável obra de arte.Uma fêmea colocará uma postura entre os três e os cinco ovos, podendo chegar aos seis. Para controlar os nascimentos, costumo contar cerca de vinte e dois dias a vinte e cinco dias a partir da postura do segundo ovo para o nascimento do primeiro filhote.Aconselho a que os pássaros se habituem a que inspeccionamos os ninhos, porém é necessário um certo cuidado já que poderemos por tudo a perder.As fêmeas novas, podem não conseguir chocar convenientemente os primeiros ovos, nomeadamente por falte de experiência, porém, com alguma paciência da nossa parte, podemos constatar que na segunda postura conseguem tirar filhotes. É necessário observarmos as nossas aves nesta altura porque com o frio podem ter problemas na postura e o ovo ficar preso na cloaca, podendo vir a ser fatal para a ave. Quando isto acontece, podemos auxiliar a fêmea utilizando água morna e ajudando com os dedos a expelir o ovo. No caso de anilhar as suas aves deverá fazê-lo por volta dos 10 aos 12 dias, de forma a que a anilha ainda possa passar na pata e não possa cair no ninho.Quando saem do ninho ainda vão aprender a comer sozinhos e desenvolverem os instintos de defesa para com os outros pássaros. Se criar em colónia tenha atenção aos filhotes, pois estes apesar de serem defendidos pelos pais em particular pelo macho, estão sujeitos a serem atacados pelos outros membros da colónia. Eu pessoalmente (na criação em gaiolas individuais) só separo os filhotes quando a fêmea está no fim do próximo choco ou quando começam a nascer os filhotes,ou se tal não acontecer ao fim de 60 dias. Raramente acontece os pais atacarem os filhotes quando estes abandonam o ninho, mas caso isto aconteça a única solução é mesmo a separação dos filhotes dos pais.
Genética
A Genética ou ciência da hereditariedade é considerada um dos ramos mais importantes da Biologia. Podemos descrever a Genética como uma fonte de palavras e termos irritantes para alguns e um passatempo interessante e fascinante para outros. O facto é este : Se queremos conhecer mais acerca do milagre das mutações, precisamos de ter conhecimentos básicos de Genética quando nos aprofundamos na criação de Aves. A hereditariedade é controlada por factores hereditários, hoje chamados de genes que passam de pais para filhos através dos gâmetas. Cada carácter ( cor dos olhos, cor da plumagem , sexo, etc. ) é determinado por um par de genes. Se os genes desse par são iguais o pássaro toma a designação de homozigótico para esse carácter. Se os genes desse par são diferentes o pássaro toma a designação de heterozigótico para esse carácter e os genes denominam-se Alelos.
MUTAÇÃO
Quando se dá a divisão celular em condições normais, a informação genética é passada intacta de célula para célula de geração em geração. Antes da célula se dividir , cada cromossoma dá origem a outro cromossoma inteiramente semelhante, com os mesmos genes dispostos seguindo a mesma ordem, visto que cada molécula de DNA produz uma cópia exacta de si mesma. Quando a célula se divide em duas células, os cromossomas separam-se dos seus duplicados recém-formados e cada uma das células filhas recebe o mesmo número e os mesmos tipos de cromossomas e genes. Este processo de duplicação dos cromossomas e dos genes é, geralmente, rigorosamente preciso, porém, uma vez por outra, ocorre um erro. Por razões que ainda não estão suficientemente esclarecidas, um gene sofre por vezes uma alteração química, de tal modo que o novo gene não é exactamente igual ao anterior – Um nucleotídeo é inserido em vez de outro, ou é suprimido da molécula de DNA.. Qualquer destas situações modifica a molécula do ácido nucleico , deixando de ser uma cópia do original. Por conseguinte a mensagem genética escrita no alfabeto dos nucleotídeos modifica-se. Este processo de mudança genética, devido á alteração de um gene, recebe o nome de mutação genética. Esta alteração produz um genótipo ( composição do gene ) completamente diferente dos genótipos originais. O resultado pode ser um pássaro sem condições de sobrevivência ou um pássaro saudável completamente diferente. Quando um pássaro adquire um novo visual ( fenótipo ) e consegue passar o seu código genético aos seus descendentes, estamos perante o aparecimento de uma nova mutação. Em conclusão podemos dizer que uma mutação é um desvio genético da forma original do pássaro.
Tipos de mutações
Dominantes – Uma mutação dominante é aquela em que só é necessário um gene do par de genes responsável por determinada característica para o pássaro mostrar no seu fenótipo essa mesma característica. Recessivas – Uma mutação recessiva é aquela em que é necessário que o par de genes responsável por determinada característica seja constituído por dois genes iguais, para que o pássaro possa mostrar no seu fenótipo essa mesma caracteristica. Sex-linked – Uma mutação sex-liked é aquela que está dependente dos cromossomas sexuais . Esta mutação tem um comportamento dominante nos machos e recessivo nas fêmeas. Parcialmente dominantes– Uma mutação parcialmente dominante ou co- dominante é aquela em que os descendentes apresentam um fenótipo intermediário em relação aos progenitores.